terça-feira, 25 de dezembro de 2007

♫ One Horse Open Sleigh ♪

Relendo o post anterior, ocorreu-me que o tal plano já soou grandioso demais, como se ele não fizesse já parte de meu cotidiano. Talvez esse seja o projeto de toda uma vida, mas falar do presente e do presente da vida é o que tento fazer aqui. É o que tentamos fazer quando escrevemos de uma maneira geral, parece. Não?

Hoje é Natal - Christmas - Noël - عيد الميلاد - Weihnachten - クリスマス - Natale - Рождества - Navidad - Kerstmis - 聖誕 - ...
Não vou falar do clichê da perda do verdadeiro sentido natalino, dos excessos comerciais, da mercantilização do importar-se, da materialização dos afetos num presente que se faz quase que obrigatório, etc... Esse blá blá blá crítico do Natal deixemos no século XX. Já deu. O mais interessante é recriarmos os sentidos e significados daquilo que parece estar desgastado para nós. Vejo ao meu redor muitas pessoas que preferem enfiar goela abaixo uma tradição complexamente cansativa e estressante a realizar a simplicidade que grita na cara delas para ser manifesta. Interessante que o mundo de hoje ainda não se deu conta de que é possível recriar algumas tradições. Ou elas são destruídas com um desinteresse completo ou o Papai Noel tem de estar presente com presente.
Bem, retomar um pouco das tradições quase mortas seria um movimento interessante.
Boa idéia!
Combinado, então.
No Natal do ano que vem, vou voltar ao passado e fazer um presépio, falar pra quem quiser ouvir sobre Jesus (e outros avatares da humanidade como Maomé e Buda), um pouco de deuses hindus e mitologia nagô - encontrar semelhanças, identificar a opressão da manipulação na história, dar risada disso e curtir a noite com um bom vinho dionisíaco invocando algum deus grego.
Posso até rezar um pai-nosso com o valor que eu quiser.

Fazer um sacrifício para respeitar nossa individualidade é ato válido, não? Hum...
Sacrifício: sacer = sagrado + facere = fazer... Quer dizer que sacrifício é algo como "tornar sagrado"?

Sacracidade não é exatamente o que nós, modernos ocidentais, perdemos?!
Puxa!

2 comentários:

Viviane Goncalves disse...

Will, cai filho e de uma boa altura viu!
Eu até gostaria de ouvir mais uma vez a história de alguém que morreu por acaso, mas as pessoas lá fora estão cansadas faz tempo meu caro.
Sagrado? O que? Para que? Qual o significado do "sagrado" para esse nosso século cheio de tormento?
Está tudo por um fio, Jesus morreu e nós ficamos para semente? Devotos do ódio e da tristeza que não nos abandona, o que tudo isso representa agora? O MALDITO SAGRADO!
Beijos

Anônimo disse...

will. não enrola não. manuel anseia por este natal. sagrado.

Puxa!