terça-feira, 25 de dezembro de 2007

Perplexidade recorrente

" [ ... ] Viver no mundo moderno me provoca certo mal-estar e, ao mesmo tempo, faz-me menestrel errante orgulhoso de ser anunciador de algo que está presente e de que muitos não se deram conta. Claro que há, ainda, muitos versos a trovar e que o rasteiro de nosso tempo sempre tende a colar em nossos espíritos, mas sou criança atenciosa que sente quando se contamina. E aprendi a não gritar demais ao mundo. Não penso, contudo, que o fim do processo seja de total livramento porque não acredito que ele tenha realmente um fim. E nem poderia findar-se, já que sua continuidade é o que configura o Mistério da Busca. Se “fazer a alma” é fundamental para que possamos estar abertos àquilo que deseja ser-nos revelado, o enfraquecimento de toda lógica sistemática que determina inícios e fins faz-se necessário, e o durante – mesmo de um instante que seja –, se num sentido de ruptura, poderia ser caracterizado como infinitos pontos de luz que nos conduzem a outros planos do saber. Saímos aqui da escala dos encaixamentos perfeitos e seguimos adiante na travessia que nos leva ao devir oculto e sua profusão. [ ... ] "

ETA.

E ainda é natal...

2 comentários:

Viviane Goncalves disse...

Viver, mundo moderno é possivel sem sacrificar nossas almas? Versos? Sim, a poesia cai como neblina diante de nossos olhos para aliviar a tensão deste mundo "rasteiro". Se existir um processo final, eu não temerei, mesmo porque, diante de tudo o que temos passado nesta "pequenina" vida de descobertas, penso que o meio "núcleo do universo" é muito mais prazeroso do que o proprio fim.
Busca, mistério, incertezas, que beleza, no final das contas, parece que sempre contamos com as coisas antes mesmo delas aparecerem. Natural, cosmico, transcendental, ou sobrenatural, quem se importa, nós tomamos a forma de camaleoes diante desses "selvagens". Romper!!!!!De novo, tem uma hora que eu chego a sentir cala - frios, pois, will, nossa busca é sufocante, e uma tortura, mas... uma vida toda para morrer afogados em uma mar "morto". Ora Ora, BENDITA OU MALDITA, aquela velha frase hoje em dia não me assusta mais e nem uso a loucura para algo satisfatorio...minto, uso sim...para escrever, assim como em suas linhas eu vejo uma por uma delas se misturarem, até se transformarem em um caldo grosso e escuro...Bumm! ABRACADABRA É O FIM DO MUNDO MEU CHAPA!
Beijos

Anônimo disse...

agora você gosta?
ETA.


Clareira.